terça-feira, 15 de março de 2011

COMO SABER SE ELA É LESBICA

1 – Pistas visuais.
Fazendo o contrário do que fui ensinada, estabeleci a máxima de que se pode julgar um livro pela capa. Partindo disso, analisei alguns itens, como roupas, cabelo, acessórios.

Os mais encontrados foram:
A) Pochete: Também conhecido, a partir de agora, como crachá. B) Anel no dedão: para evitar acidentes doloridos que certamente ocorreriam se o anel estivesse no fura-bolo. C) Bermudão: facilmente confundido com qualquer pessoa em um dia com 40 graus de calor, mas indiscutivelmente, sapa que é sapa, tem um bermudão. (10 das entrevistadas).
D) Cabelo curto + unha curta: Essa combinação é infalivelmente sapatão! (2 – Pistas sensoriais.
Nem só pela aparência se julga um livro. Outras pistas me levaram também ao lugar certo.

A) Música. 15 das entrevistadas estavam a cantarolar músicas de Zélia Duncan, Adriana Calcanhoto, Ana Carolina e Maria Bethânia. Não existe coincidência!
B) Leitura: no quesito revistas, qualquer coisa que não seja Marie Claire, Cláudia, Caras e Capricho. Quanto a livros, Fernanda Young, Vange Leonel e Virgínia Woolf.
C) Conversa: praticamente todas as entrevistadas estavam acompanhadas (não necessariamente de outras mulheres). Algumas frases-chave entregaram todo o ouro pra bandida aqui. Entre elas:
“Minhas três gatas, Gal, Bethânia e Simone, estão no cio!”
“Aí eu falei pra ele: a gente vai chegar tarde porque você fica horas se maquiando!”
“É nosso aniversário de namoro hoje. A gente vai sair pra jogação.” (veja bem: Quantos heteros você conhece que usam a expressão “jogação”?)

Outras frases que denotam homossexualidade: “No meu atual namoro…”, “O meu ex relacionamento…”, “Eu namorei uma pessoa…”. Não revelar o sexo do seu atual “relacionamento”, revela que você namora alguém do mesmo sexo.

LEI DOS QUADRINHOS--- TOMARA QUE PEGUE...


Uma das maneiras de conquistar maior apoio governamental é através da legislação federal. Desde 2006, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6581/06 que estabelece mecanismos de incentivo para a produção, publicação e distribuição de revistas em quadrinhos nacionais. Em seu artigo 2o, ele prevê que “as editoras deverão publicar um percentual mínimo de 20% de HQs de origem nacional”. Na prática, os lançamentos seriam graduais – apenas 5% no primeiro ano de vigência da lei, 10% no segundo e assim sucessivamente – levando quatro anos para atingir a cota de 20%. Uma analogia com a chamada “cota de tela” (art. 55 da Medida Provisória 2.228-1 de 06/09/2001) que, na teoria, abre mais espaço para os filmes nacionais nas salas de cinema.

O criador do projeto é o ex-deputado Simplício Mario, do PT do Piauí, e pai do quadrinista
Bernardo Aurélio. Como o parlamentar não se elegeu em 2008, o projeto ficou estacionado no congresso nacional. Mas o artista não desiste fácil:

---- Não acompanhei mais a lei. Ficou atropelada por falta de alguém cuidando dela. A ideia que ainda considerei trabalhar foi tirar a obrigatoriedade da publicação por uma troca de incentivos fiscais caso a editora alcançasse a cota, mas não consegui apoio ou estímulo. Com o resultado dessa eleição, posso ver se vou à luta de novo...

Em resumo, ainda temos que nos unir e batalhar mais para engrossar o caldo do pirão.