domingo, 20 de março de 2011

MODA MASCOLUINA : ACESSÓRIO

Eu mesmo não curto estas coisa mas acho legal quem curte...
Os acessórios para a cabeça sempre fizeram a cuca dos mais antenados (ou daqueles que têm preguiça de arrumar o cabelo! kkk), mas agora é hora de ousar. Vale investir em um chapéu mais fresquinho, feito com materiais mais orgânicos (como o da Ellus), ou em uma bandana (como a da V. Rom) para completar visuais casuais.

Homens também podem usar bijous para dar charme às produções. Aposte em um mix de anéis nos dedos (vários na mesma mão), em pulseiras de couro ou tecido e em relógios aparecidos (que não são bijous, mas encaixei aqui! hehe).

Acessório fundamental do guarda-roupa masculino, o cinto vem forte em tons de caramelo (do mais claro ao escuro, meio café). Atenção também para modelos esportivos coloridos e para inovações que provoquem o mesmo efeito (como essa corda da R. Groove).

Um modelo de bolsa que apareceu forte também para as meninas foi a tipo ”carteiro”, mais quadrada e com alça comprida, para usar de lado ou na transversal. As mochilas, sempre em voga para eles, vêm repaginada com estampas ousadas ou mais sociais, toda em couro.

SEARA UM LEGITIMO QUADRINISTA BRASILEIRO...

Acho na minha opinião que sebastão Seara é daqueles desenhistas amados.Adoro os desenhos dele.

Criatividade brasileira em destaque.Um lutador na profissão.

Arte e argumento originais.

Não estou puxando saco não.Pois nem o conheço pessualmente,mas admiro seus trabalhos.
Vêr se estou falando mentira.O cara desenha para caralho...
Sebastião Seabra começou a publicar quadrinhos em 1974, nos Jornais Folha de São Paulo e Notícias Polulares…
Anos depois entrou no mercado editorial de quadrinhos, produzindo o gibi do Zorro capa e espada para a editora EBAL do Rio, e quadrinhos eróticos para a Editora Grafipar, de Curitiba. Dai em diante nunca mais parou. Colaborou para praticamente todas as editoras de quadrinhos de São Paulo e para editoras de livros didáticos, agencias de publicidade, etc.
Em 1983 voltou para sua terra natal, Araraquara, 360 km de São Paulo, onde seguiu trabalhando para o mercado de HQ, de desta vez para o mercado europeu também, via a agencia belga COMMU; para o mercado de trabalho de sua cidade (agencias de publicidade e jornais) e paralelo  a   isso tudo desenvolveu e publicou vários cursos de desenho.
Hoje em dia Seabra só se dedica a produção de  histórias em quadrinhos: Um pouco mas....

 "Seabra é daqueles artistas reconhecidos pelo talento, com ampla experiência no mercado brasileiro do gênero, apaixonado por super-heróis, mas que há muito tempo ganha a vida com a produção de quadrinhos eróticos, em meio a outros trabalhos.
Sua história com as HQs começou na infância, em Araraquara, quando conheceu Stan Lee, Jack Kirby e Steve Ditko. Até então, Seabra tinha lido apenas O Fantasma, da Rio Gráfica Editora, e O Zorro, da EBAL. Foi somente no final dos anos 1960 que chegaram o Homem-Aranha, Demolidor e Quarteto Fantástico. Publicações que faziam a festa das crianças da época.
Aos 11 anos, Seabra mudou-se com a família para São Paulo, sem a menor ideia de que as histórias em quadrinhos que tanto gostava de ler iria se tornar, em pouco tempo, sua profissão. Com 15 anos, em 1979, começou a produzir os primeiros desenhos para o jornal Folha de São Paulo. "Se não me engano, o primeiro trabalho foi uma sátira do primeiro filme dos Trapalhões, que saiu num suplemento de quadrinho que o jornal tinha na época", relembra o araraquarense.
Da Folha de São Paulo, o desenhista foi para o jornal Notícias Populares, onde ficou cinco anos desenhando tiras diárias de humor, aventura e uma novela em quadrinhos.
"Eu era um menino, e demorei um ano para entregar a primeira novela porque eu não sabia desenhar mulher e nem contar história para adultos", recorda.
Em 1978, Seabra começou a desenhar o Zorro, para a Ebal do Rio de Janeiro, e quando caiu a censura foi contratado pela curitibana Grafipar, que produzia quadrinhos eróticos. "Um filão que não existia aqui no Brasil por conta da censura", explica o desenhista.
Além dos eróticos, ele fez também quadrinhos de aventura junto à mesma editora. "Naquela época, início nos anos 1980, o mercado de HQs deu uma movimentada, mas mesmo assim, nunca foi algo levado a sério no sentido de garantir um produto nas bancas, com periodicidade regular, produção e qualidade mínimas. Além de pagar pelo profissional de HQ".
Caminho de volta
Em 1983, Sebastião Seabra voltou para Araraquara, de onde continuou produzindo quadrinhos, principalmente os de aventura, para editoras pequenas de São Paulo. Paralelamente, produzia para editoras de livros didáticos e agências de publicidade; e começou a fazer página de quadrinhos e charges políticas em jornais da cidade.
Na década de 1990, ele escreveu e desenhou para algumas editoras europeias. "Uma época excelente que o Collor assassinou porque ganhávamos em dólar", opina o desenhista.
Com o tempo, o trabalho de Seabra foi se voltando para o quadrinho de traço realista, com foco no terror, super-heróis, aventura e erótico que, segundo o ele, ainda tem um mercado resistente no país.
"Não tenho nenhum problema em fazer desenhos eróticos. Hoje em dia, quem me encomenda este tipo de trabalho são sites e eu nem divulgo porque as pessoas que apreciam meu trabalho são admiradores dos quadrinhos de heróis", entrega.
"No erótico não há o movimento maravilhoso de linhas e o grafismo sem par das HQs de super-heróis. É um gênero limitado, que eu continuo a fazer porque me convidam", completa."

RI E O MELHOIR REMEDIO...

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CONHEÇA NESTABLO RAMOS NETO : QUADRINHISTA

Nestablo Ramos Neto é um  artistas nacionais . Conhecido no meio independente por trabalhos como: Carceireiros, Zona Zen e agora ZOO.

Quem é Nestablo Ramos Neto?
Nestablo: Um cara como outro qualquer, um desenhista como todos, os mesmos sonhos e vontades de escrever e desenhar histórias que passem meus recados sobre o que vejo por ai, o que concordo, discordo e protesto.

O que te levou a entrar no Mercado de Quadrinhos?
Nestablo: Acho que as mesmas metas que leva qualquer artista, desenhar, desenhar, desenhar...hahahaha...mostrar o que sei fazer, mas sem competir, eu simplesmente DETESTO competir. Sabe aquelas conversas de desenhistas em bienais de quadrinhos e palestras? Tipo: “o huguinho desenha assim e o Zezinho é meio piorzinho!” acho que existem desenhistas com suas maneiras de desenhar e que nem sempre as pessoas conseguem entender, então são levadas a fazer esses comentários. Por isso não vou dizer nomes das minhas influencias, que são maravilhosas, pois não quero influenciar ninguém...hahahahahahahaha...mas acho que todos os artistas precisam aceitar aquela mais importante de todas: a sua própria influencia. Acho que ela é a mais importante no final e a que estava esperando pra aparecer e nos seguir até o fim de nossas vidas. Já vi artistas ficarem “noiados” tentando copiar outros, eu já fui assim também, mas aprendi a descobrir meu traço. Mas para aqueles que querem estudar alguém e se basear, aí vai os que hoje em dia não são tão visto pelos artistas de quadrinhos: Rembrandt, Da Vinci, Gioto, Rafael, Alfons Mucha...são alguns de meus favoritos e onde sempre busco inspirações.

Diga-nos como foi a criação dos seus personagens ZEN, Carcereiros e ZOO?
Nestablo: Bem, vamos na ordem. A zona zen partiu de uma idéia de um comentário que uma amiga minha psicóloga fez de que seria legal se tivessem mais histórias em quadrinhos sobre o que os homens acham das mulheres, mas fazer só dessa forma poderia soar meio machista então eu e a Tati, que é quem trabalha comigo nas historias do zen, achamos mais interessante abrir para histórias de relacionamentos em geral, mas com o foco nos amorosos. O personagem eu já tinha criado para um outro projeto que estava trabalhando, mas percebi que ele caberia como uma luva, ele tinha a cara muito engraçada e era um cara bem comum, com defeitos e virtudes, de corpo normal, barriguinha e nariz acentuados...hehehehehe...não era um super herói, é isso que quero dizer, então resolvi aproveitar ele nas histórias, acabou que aqui em Brasília pelo menos ele é muito amado, principalmente pelas meninas que acham ele uma graça e de dentes super branquinhos!

Os Carcereiros partiu de umas aventuras de RPG que eu adoro jogar, mas que não jogo mais por falta de tempo, chamado RUNE QUEST, é um Call of Cthulhu misturado com Dangeons and Dragons e ainda tinha minhas séries de tv favoritas como Arquivo X, Millenium, Além da Imaginação e outras séries de mesmo tema que me fizeram criar os Carcereiros. Sou espiritualista, então gosto de abordar temas como reencarnação, obsessão e influencias de espíritos nas pessoas, assuntos que geralmente são evitados, por medo, falta de conhecimento ou preconceito, mas achei que seria importante mostrar algumas coisas, então busquei falar sobre possessão, como as pessoas se vendem por motivos nobres e também fúteis, querem fazer a coisa certa pelos motivos errados e etc...diluí com um pouco de fantasia e tchan tchan tchan tchannnnnnn: Os Carcereiros!

Zoo foi uma coisa engraçada. Eu não sou muito ligado na Gisele Bundchen, nem sei se é assim mesmo que se escreve o nome dela, mas acho uma mulher muito linda, claro, mas não entendo o alarde todo em cima da moça. Uma noite vi uma reportagem sobre uma declaração dela de que não desfilaria com roupas feitas de animais e de uma hora para outra flagraram a garota usando uma roupa com pele de animais, não vi o desfile, apenas escutei o apresentador do jornal comentando. Achei um tema ecológico bem legal de se abordar, gosto de falar sobre coisas que acredito, dá mais força e veracidade ao trabalho, então resolvi trocar os lugares, os humanos no lugar dos animais e os animais no lugar dos humanos...mas este não é o diferencial, então se querem descobrir qual é, leiam à história, beleza? hahahahahahahahahahahahaha.   

Como surgiu a Oportunidade de publicar as hqs do ZEN na Revista TABLADO?
Nestablo: Resolvi, depois de séculos prometendo, fazer uma visita a um grande amigo meu de infância. Mostrei a ele alguns quadrinhos do Zen, ele perguntou se poderia mostrar a um amigo dele, o editor da revista Tablado, eu disse que sim, claro! Ele marcou uma reunião e então fui lá para apresentar o projeto a ele. Ele leu, gostou e me deu duas páginas para eu falar sobre o que quiser, oportunidade única de trabalhar com um projeto meu e falando sobre o tema que eu achar melhor...não perdi tempo! Chamei a Tati (Tatiana Tibúrcio) e resolvemos trabalhar juntos nessa.    

Seus personagens Os Carcereiros, são de uma temática totalmente diferente do ZEN, da mesma forma podemos falar de ZOO, um trabalho totalmente diferente do outro, mostrando que você é com certeza um autor bem eclético, nos fale sobre esses trabalhos e seu objetivo ao escrever cada um deles.
Nestablo: Eu, quando era mais garoto, só queria saber de desenhar super heróis, era só o que aparecia na minha frente naquela época. Depois de amadurecer um pouco e conhecer outras opções de quadrinhos alternativos, percebi que existe vida além dos super heróis...hahahahahahahahaha...comecei a estudar outros autores e ver sobre o que eles falavam, não para copiar, mas sim para abrir minha cabeça e aliar forças a eles, então achei melhor prestar mais atenção nas coisas que aconteciam ao redor. Tive excelentes amigos que me ajudaram nisso e sou grato a eles para sempre! Resolvi usar os quadrinhos não só para mostrar meus desenhos, mas também para me comunicar e dizer: “olha só, isso ta errado e eu não concordo!” , “que coisa maravilhosa é sentir isso por nossa família e amigos e que nem todas as pessoas prestam muita atenção hoje em dia!” essa é a grande idéia, falar sobre as coisas boas e os bons princípios para que eles não se percam. Eu quero trabalhar com coisas diferentes, isso é muito gratificante para um artista, perceber que ele sabe desenhar outras coisas além de super heróis como: o amor de uma mãe por um filho, a gravidez, a música, companheirismo entre amigos e assim vai...o objetivo de cada um desses trabalhos? Mostrar as coisas que estão se perdendo, protestar e ser diferente!

Na Grafic Talents tivemos a oportunidade de ler uma HQ completa com os Carcereiros, por que a publicação não continuou?
Nestablo: Sabe que eu não sei? Hahahahahahahahahaha...tive um retorno excelente do trabalho, recebi e-mails e comentários muito legais da revista, jornais fizeram reportagens sobre os Carcereiros e etc, mas a explicação que recebi, acho que foi a mesma que outros receberam: “não vingou!” mas fiquei pensando sobre o assunto... Um dos títulos foi além, por que ele foi cancelado? Acho que a editora queria mesmo ajudar, mas não se planejou bem. Adorei a iniciativa deles e sou grato por terem me escolhido para publicar, mas tem coisas nos quadrinhos que são muito diferentes que é pôr a revista na banca e manter elas lá e vendendo...cada um tem de fazer sua parte, trabalho de equipe. Acho que foi isso que faltou, uma participação e um maior dialogo entre os editores e autores.  

Daqui para frente o que podemos esperar desses personagens? Teremos a chance de vê-los novamente em alguma revista? Num lançamento do Zine Brasil? (risos)
Nestablo: Hahahahahahahaha...claro! Estamos pensando numa história do Zen exclusiva para  isso. Ainda estamos trabalhando no tema e detalhes assim, mas depois vou falar com a editora da revista e vai depender de quantas páginas eles vão me dar! Hahahahahahahahahaha!!!

Hehehehe pode deixar que a editora vai pensar com muito mais muito carinho! Você é dono de um traço, limpo, bonito e que com certeza agrada o mercado de quadrinhos, esta fazendo teste para trabalhar em alguma editora americana?
Nestablo: Estava, fiz alguns testes e fiz algumas coisas para eles também, mas nada significativo. Plantei, agora estou esperando pra colher.

Como é sua família com relação ao seu gosto pelos quadrinhos?
Nestablo: Meus pais sempre me apoiaram muito na minha escolha. Num Brasil onde quem quer ser advogado ou médico é mais bem visto que um ilustrador o apoio deles foi fundamental e decisivo para mim. Trabalho com o que gosto e sou feliz com isso! Peço aos pais que , assim como os meus, respeitem a decisão de seus filhos e incentivem a garotada. Se a felicidade deles está em desenhar, então deixa a galerinha desenhar, poxa! rsrsrs

Como você vê o Mercado Brasileiro de Quadrinhos atualmente?
Nestablo: Muuuuuuuuuuuuuuito Fraco! Vejo alguns sites e editoras de quadrinhos “escolherem” a quem dar apoio ou não. Não acho isso justo, ajuda apenas quem já está na mídia, quem já está lá não precisa tanto, vamos divulgar aqueles que ainda não estão! As panelinhas sempre irão existir e isso e chato e sem sentido, tem espaço para todos! Mas essas pessoas adoram ter esse “controle” o que é triste pois eles têm os recursos e poderiam fazer melhor, mas parace que não é interessante para eles...lembro quando alguns deles começaram bem pequenos, depois que ficaram gigantes esqueceram de onde vieram. Os artistas muitas vezes precisam apenas de uma notinha, gente, um parágrafo que seja para mostrar o que ele está fazendo e levou horas à dentro da madrugada para realizar. O que vejo são grandes sites de quadrinhos falarem sempre dos mesmos “grandes caras” que até são grandes mesmo, mas todos merecem uma oportunidade de mostrar seu trabalho. Muitas vezes esses artistas mandam uma proposta de divulgação e nem uma resposta recebem...que coisa feia! Isso que estou dizendo só faz sentido para o pessoal do lado de cá, infelizmente, já que para a turma do lado de lá são apenas palavras...nós não desperdiçamos nossa arte quando estamos sempre produzindo, quem desperdiça a gente são eles. Esses sites de quadrinhos só existem por que existem os quadrinhos, não esqueçam disso, pessoal!

O que você esta lendo em termos de HQ brasileira atualmente?
Nestablo: Hehehehehehe...embora não curta turma da Mônica , tem um derivado dela que gosto muito que é a Tina, adoro Ziraldo! Alguns quadrinhos que vejo na internet como os fanzines no site do Zine Brasil, olha o comercial aí, michelle!!! Hahahahahahahahahahaha!!! 

Hahahahahaha! E é de graça! Como fã de quadrinhos de forma geral, qual a história que para você é inesquecível?
Nestablo: Todas aquelas que me façam pensar, refletir nas coisas boas da vida.

Você tem o costume de ler os fanzines? Diga pelo menos um que para você, merece destaque:
Nestablo: Gosto dos fanzines sim e adoro ver como eles estão ganhando força e recebendo cada vez mais premiações! Embora não ache justo com todos dizer um apenas, vou mencionar um aqui de Brasília que gostava muito, mas infelizmente não existe mais: O  “SEJA VOCÊ MESMO” , ele foi publicado em 1989 até 92 acho , eu estava no segundo grau na época. Falava de coisas bem profundas mesmo, como histórias em quadrinhos de poesias e etc. Eu estava naquela época dos super heróis e só fui pegar gosto por ele depois que abri mais minha cabeça e minhas idéia sobre os quadrinhos.  

Você já teve alguma decepção com os quadrinhos? Qual a maior dificuldade que você enfrentou durante seus trabalhos?
Nestablo: Acho que algumas das maiores dificuldades que um artista pode enfrentar, dentre muitas outras, são: falta de mercado e as panelas que se formam dentro do pouco espaço que existe. Acredito que tem mercado para todos, mas parece que quem mais tem mais quer. É uma tristeza ver tantos artistas, produtores e editores mesquinhos.   

Qual o primeiro pensamento que você tem ao decidir comprar uma revista de quadrinho nacional?
Nestablo: O diferencial. Num mercado tão grande, falando a nível mundial, ta? Não é tão fácil achar algo que tenha um bom diferencial. Os quadrinhos nacionais competem a todo o momento com títulos importados e que os melhores por assim dizer chegam até nossas bancas. O “nosso” tem de ter esse diferencial para sobresair aos demais. Quando aprendi isso, comecei a me dedicar mais em criar e trabalhar esse diferencial, recomendo a todos que façam o mesmo, além de gratificante é fundamental para qualquer projeto que você queira ver no mercado.

Estamos vivendo um verdadeiro BUM! de revistas nacionais, sites e histórias em quadrinhos nacionais, porém ainda não vemos apoio significativo por parte das editoras, que você acha que podemos fazer para aproveitar, melhorar esse atual quadro do mercado brasileiro?
Nestablo: São poucos os que realmente trabalham pra ver o mercado nacional melhorar. Mas se chamamos de mercado nacional, por que pedem ao aos artistas daqui que desenhem ou escrevam como os de lá? Acho que direta ou indiretamente os quadrinhos de lá ditam as normas aqui, assim como em outras áreas de trabalho, política e etc. Nada contra, sou fã do mercado nacional e dos estrangeiros também, tenho influências de ambos, minha indagação é sobre a maneira como grandes sites de quadrinhos e grandes editoras brasileiras dizem o nome “mercado nacional”...sinceramente, acho que dizem muita coisa só por que soa bem. 

Hehehe...Alguns escritores acreditam que a Hq brasileira só vai ganhar reconhecimento e status internacional quando for criado um estilo próprio de quadrinho brasileiro, você concorda?
Nestablo: Acho que antes de falarmos que estilo vai assinar ou ser característico do nosso mercado, devemos dar aquela chance para quem vai criar isso...caso contrario, não haverá estilo algum, exceto o dos que controlam o que já está por ai. 

Como quadrinista qual a dica para os novos talentos que estão surgindo no Brasil?
Nestablo: Acreditem em vocês! Não coloquem suas expectativas em editores medíocres que só sabem subir nas carreiras plantando frustrações. Nem tudo que ouvimos de um “grande profissional” é verdadeiro. Saiba filtrar os comentários, aprenda a colocar em prática seu controle de qualidade. Nós não desperdiçamos nosso talento, nos desperdiçam...espero que todos saibam a diferença. 

Dando um fim a essa ótima entrevista, uma das mais engraçadas que já fiz diga-se de passagem, fale o que quiser, o espaço é seu!

Nestablo: Depois que inventaram a internet as coisas estão mais fáceis. Com a criação dos blogs somos nossos próprios editores, podemos colocar no ar nossas idéias sejam em forma de desenho, roteiro ou qualquer outra. Artistas de quadrinhos no Brasil dificilmente vivem apenas disso, precisamos daquele reforço no fim do mês que vem de algum outro trabalho...é natural sonhar e batalhar para sermos profissionais reconhecidos e tudo mais, ganhar muito dinheiro e todas essas coisas que fazem nossos olhos brilharem, mas não deixem esse brilho ofuscar seus princípios. Não precisamos de editoras para que alguém veja nossas idéias, gente...é bom publicar? É excelente!!! Mas não precisamos viver em função disso, então relaxem, desenhem, escrevam e publiquem na internet, parem de por suas expectativas em editoras e ponham em vocês mesmos! As boas conseqüências virão decorrentes do que vocês plantarem.
Plantem bons princípios!