sábado, 7 de maio de 2011

MACUMBINHA MODERNA : CONFISSÕES DE UMA UMBANDA...(VALE LER)

Axé! Mais uma linda história para nosso amadurecimento e para vivenciarmos a certeza de que NUNCA estamos sozinhos.
Mais uma história de fé, milagre e afirmação de que a Umbanda é muito mais que quatro paredes e um banquinho de preto velho, é muito mais que um grito de caboclo ou uma incorporação extasiante. A Umbanda é sentido, sentimento, postura, força, devoção, trabalho, reconhecimento, orgulho e brio.
Assumir a Umbanda não é coisa que fazemos dentro do Terreiro. Assumir a Umbanda é dever que temos que manifestar diariamente, em qualquer lugar e a qualquer hora. E fazemos isso por Amor, por Sentir e Ser Umbandista plenamente.
A Umbanda não é brincadeira de incorporação e não é lugar de discutir relação. A Umbanda é lugar de gente séria que sabe o que é Ter, Ser, Viver e Dar.
Afinal, a Umbanda é capaz de DAR e TIRAR qualquer coisa, a qualquer um e a qualquer momento, desde que seja do merecimento. Atributos, manifestações e ações de Ogum, o Grande Orixá da Lei, da Ordem e da Guerra.
Salve Ogum!
Confissões de um Umbandista
Como já diz o título, logo se imagina do assunto que venho tratar. Em um país de várias cores, tradições e dialetos, onde predomina o catolicismo, eu sou mais um Umbandista que tive por muito tempo vergonha de assumir minha religião em público.
Mesmo com meus pais carnais sendo, também, Pais de Santo e tão influentes na religião, eu sempre tive vergonha de dizer que era umbandista, na hora em que perguntavam a minha religião, eu gaguejava e não assumia.
Dentro do Terreiro batia no peito e dizia que era filho de pemba, um umbandista nato e cantava com orgulho que era mensageiro da Umbanda. Mas a grande verdade é que para pedir aos Orixás e Guias as bênçãos eu era religioso e me dizia umbandista, mas somente dentro das quatro paredes do Terreiro, por que na sociedade, a vergonha e o medo de ser rejeitado ou coisa do gênero eram maior que minha vontade de dizer que a minha religião era a Umbanda.
Meus pais sempre me alertaram sobre a minha falta de fé, crença e respeito diante das Divindades Maiores da quais eu estava ligado, e eu por minha vez me achava muito certo em apenas estar de corpo presente nas giras. Meu orgulho e a falta de discernimento fizeram com que eu aos poucos fosse andando pra trás, ou seja, todas as bênçãos que eu tinha recebido, eu estava perdendo, afinal como diz minha mãe carnal e espiritual: “os Guias, os Orixás dão graças divinas muito superiores ao nosso plano em que vivemos, mas eles tiram quando nos faltam merecimento, o que Ogum dá só Ogum pode tira”, e isso realmente é de fato verdade.
E por incrível que pareça, depois de anos de religião, depois de muitos problemas gerados em torno de minha falta de concentração, de amor, de respeito, de humildade e principalmente, de fé diante dos Orixás, depois de muito perder, de ver que as minhas atitudes não estavam me levando a nada e a lugar nenhum eu decidi que mudar era o melhor e o mais sensato a fazer. Mas depois de tantos erros, depois de tantas falhas, a mudança não é fácil, e muito menos rápida, pelo contrário o meu trajeto aumentou muito, pois cada passo que eu dava para frente, logo depois eu dava dez para traz, e agora chegou à hora de percorrer toda essa estrada construída por mim mesmo.
Passei a ouvir mais minha Babá e meu Babalaô, que sempre me orientaram e me mostraram o caminho correto e depois de aos trancos e barrancos penar muito na lei de pemba, eu me vejo hoje muito mais umbandista e enraizado nas forças dos Sagrados Orixás.
Quem hoje me perguntar qual a minha religião, vai escutar com muito fervor, UMBANDA, pois foi Ela que uniu a minha família e mais do que nunca, sempre nos deu agô.
Aproveito a oportunidade para aqui agradecer aos meus pais carnais e meus Sacerdotes de Umbanda que estão engrandecendo e colocando a religião em seu devido lugar, que nada mais é que “O TOPO”.
Parabéns e não só eu, como muitos umbandistas, tiramos o chapéu para vocês. Marcos Vinicius

Nenhum comentário:

Postar um comentário