sábado, 30 de abril de 2011

EDITORA IMAGEM ATACA DE POPAY E SMURFS...SERÁ QUE PEGA.?!

Tentando reconquistar espaço no mercado dos GIBIs a Image divulgou seus novos prjetos para 2011. Saindo da sua tradição de copiar, agora a editora quer "adaptar". E para isso escolheu dois medalhões dos GIBIs e dos desenhos animados: Popeye e Smurfs.

Smurfs Hardcore é a adaptação do desenho animado que passou por aqui nos anos 1980. Nessas novas histórias, que se passam anos após as do desenho, o Papai Smurf morreu e os Smurfs, agora adolescentes, são liderados pelo Smurf Gênio ( Brainy Smurf ). As histórias ficarão a cargo da dupla de novatos Paul Jones e John Richards " Vamos ter muita ação e um grande problema, já que todos são adolescentes e só 1 Smurfete" brincou Jones.

Já os desenhos serão do australiano George Jagger que desenhou Weird Canova Comics ( Dagar Comics ) e Jungle Phantom ( Harley Comics ), as duas publicações autralianas pouco conhecidas fora daquele país.


O outro lançamenteo será Popeye E.X.T.R.E.M.E. que terá desenhos Richard Watts e Stuart Wyman que trabalharam juntos na F. W. Publishing. Paul Jones, que também roteiriza este GIBI falou sobre a história: "Com Popeye nós vamos trazer o pacote todo, incluindo Olivia Palito, Brutus, enfim todos os personagens clássicos, mas adaptados ao século XXI." A grande diferença estará ligada ao espinafre: "Agora Popeye se energizará com qualquer tipo de verdura verde, mas ainda será com o espinafre que ele conseguirá ficar mais forte" concluiu.




As edições nº1 de Smurfs Hardcore e Popeye E.X.T.R.E.M.E. estão programadas para chegarem as bancas ( dos EUA ) em maio.

Se forem GIBIs com o estilo Image ( e parecem ser ) 'isso aí' não vai durar muito tempo não...

CAPACETE DE LER GIBI.( MAS TECNOLOGIA)...



Os quadrinhos acabam de ganhar um novo e poderoso aliado para incentivar a leitura de gibis entre as crianças: o capacete de leitura LEGO.
Desenvolvido pelo designer britânico Jonathan Robson, o aparelho tem alto-falantes embutidos, pelos quais o usuário ouve audiocomics exclusivos para acompanhar as HQs produzidas pelo artista e estreladas pelos bonecos LEGO.
Fazendo a assinatura da revista, o leitor mirim recebe o código de ativação de cada edição, que permite fazer o download do audiocomic diretamente para um pendrive colocado na parte traseira da máquina.
Depois, é só folhear as páginas e ouvir a narração e as falas dos personagens. E ainda é possível avançar ou voltar páginas, acionando dois botões no capacete.
O problema é que tudo isso é um projeto não oficial e, a não ser que a LEGO resolva investir na ideia de Jonathan Robson, a iniciativa não passará do único modelo que Robson construiu e está divulgando na internet.

HQ E RELIGIÃO MISTURA QUE DA CERTO SIM...

por: Pedro de Luna
JB quadrinhos e religião 24-04-10

Meio de fácil assimilação e de comunicação imediata com o público, os quadrinhos tornaram-se, no decorrer dos anos, um poderoso aliado das religiões para a difusão doutrinária. Das 88 edições da Série Sagrada, publicada pela editora Ebal entre 1953 e 1960, ao sucesso da formiguinha Smilinguido, que completa 30 anos em 2010, o tema tornou-se recorrente também em publicações “laicas”, tanto as voltadas para o público infanto-juvenil como para o adulto. Para o professor do Observatório de HQs da USP, Waldomiro Vergueiro, os quadrinhos são um veículo interessante para a transmissão de mensagens religiosas.

Depende de cada autor utilizar o meio de maneira apropriada para atingir seus objetivos em termos religiosos. Mas é claro que as histórias em quadrinhos são uma forma narrativa que não se subordina à religião e por isso podem ser utilizadas de uma maneira que possa desagradar os seguidores de uma ou outra manifestação religiosa – ressalta Vergueiro. – Nem os quadrinhos são apenas diversão e tampouco a religião é somente reflexão. O diálogo entre ambos é perfeitamente factível.

Serie Sagrada Sao Jorge e Sao Judas Tadeu

Um dos maiores nomes do quadrinho nacional, Mauricio de Sousa costuma dizer que a Turma do Penadinho e a personagem Dona Morte ajudam a criança a desmitificar o medo por algo que todos enfrentaremos mais cedo ou mais tarde.

Após publicar uma história na revista da Magali em que ela reencarnava muitos anos depois, o autor declarou que a ideia de reencarnação é recorrente nas mais diversas religiões do mundo, e que o desafio seria apresentála de forma leve e se possível com humor. André Diniz é outro entusiasta do tema. Em seu livro Sete vidas
(Conrad Editora) ele conta em quadrinhos a sua experiência real com a terapia de regressão a vidas passadas.

Fiz questão de deixar o aspecto “fé” o mais distante possível. Apenas reporto como se deram as sessões e o que vi durante elas. Se tudo o que vi foram de fato existências passadas ou se foi fruto do meu inconsciente, não acho que isso faça muita diferença, e até convido o leitor a tirar suas próprias conclusões. Daí, quando essa postura é clara, não acho que isso afaste o leitor mais cético.

Ele acaba de lançar O Quilombo Orum Aiê (Galera Record), desta vez sobre a saga de três escravos e um branco foragido que partem em busca de um quilombo utópico, após a revolta dos escravos malês de 1831.

As religiões são temas riquíssimos, independentemente de fé. Os santos foram gente de carne e osso e muitos com histórias de vida bem interessantes – observa.

Historia da Magali sobre reencarnacao


Recentemente o paulista Laudo Ferreira, em parceria com Omar Viñole, lançou Yeshua (Editora Devir), uma trilogia que procura trazer dentro de uma perspectiva mais próxima a questão do humano e do divino.

O Osho, mestre hindu, dizia que não acreditava que Jesus fosse aquela figura séria ou mesmo melancólica como foi retratado através dos séculos. Para ele, um ser iluminado e divino como foi Jesus era plenamente alegre. Também acredito nisso.

No primeiro volume, o artista focou no nascimento de Jesus e sua iniciação espiritual às margens do Jordão. No segundo, o início de sua pregação, a briga das ideias entre o que ele diz e a forma que as pessoas entendem, bem como a formação dos seus seguidores, Maria Madalena e a convivência com todos eles.

O autor explica que não tem religião, mas fé na vida e nas coisas boas:

O amor tornou-se piegas para muitos com o passar dos tempos, mas ele é sempre o saldo de tudo quando por ele entendemos um caminho de vida.

SMILINGUIDO COMPLETA 30 ANOS

Turma do Smilinguido

Um pequeno personagem de grande sucesso é a formiguinha Smilinguido, criado em 1980 por Márcia D’Haese e Carlos Tadeu Grzybowski. A missão do personagem e sua turma (que manteve uma revista durante seis anos) é propagar mensagens universais como bondade, compreensão, respeito e amor ao próximo.

Desde 1989 seus produtos editoriais são lançados pela Editora Luz e Vida. O diretor de parcerias e projetos, Carlos Eduardo Arent, não acredita que o sucesso comercial – são cerca de 150 produtos com a marca Smilinguido, traduzidos para o espanhol e inglês e exportados para mais de 30 países – entre em atrito com o lado religioso.

Em sua história, os quadrinhos têm a finalidade de passar uma mensagem. Relatar uma passagem histórica e religiosa através das HQs é comunicar aos grupos de interesse – opina Arent.

Na opinião do superintendente da Editora Luz e Vida, Samuel Eberle dos Santos, o desafio é manter a coerência histórica e dar respostas oportunas a novas tendências comportamentais, novas tecnologias e linguagens:

O Smilinguido não se propõe a discutir doutrinas ou tratar temas polêmicos da teologia. Ele é a favor da bondade, da gentileza, do perdão, do amor.

Jogo do Smilinguido lançamento 2010

sexta-feira, 29 de abril de 2011

EDITORA PROTESTANTE LANÇARA HQ....dEUS MAS PERTO DE NÓS...

por: Pedro de Luna
culto pentecostal

Em junho, a Assembléia de Deus completará cem anos no Brasil. Para comemorar a data, uma revista cristã de circulação nacional publicará um especial em quadrinhos com as viagens dos jovens missionários suecos pioneiros do pentecostalismo no Brasil. Com o título “Belém Verde-Amarela”, a HQ foi desenhada por Will Ferreira, com roteiro de Lucas Ricardo, ambos de 28 anos, e editada pela CPAD, a maior editora protestante da América Latina.
trecho da pagina 01

Will Ferreira e Lucas Ricardo

Em tempo, religião e quadrinhos fazem uma mistura poderosa, e às vezes explosiva,

VAMOS MEXERE E TER UMA BARRIGUINHA SARADA GENTE.(SAÚDE)

Qual o homem que nunca desejou ter uma barriga sarada, toda cheia de gominhos? A aparência de “tanquinho”, além de atrair a mulherada, pode ainda ser sinônimo de qualidade de vida, pois fortalece a musculatura da região.
Segundo o educador físico Wilmar dos Santos Villas, o homem é mais agressivo do que a mulher durante o treino, devido a quantidade de testosterona. “É uma questão hormonal mesmo”, comenta. Além de dar um gás durante o treino é esse o hormônio que ajuda na facilidade que o homem tem em ‘definir’ os músculos do corpo. “Com raras exceções, mesmo que um homem e uma mulher tenham exatamente o mesmo treino e a mesma alimentação, é o homem quem define primeiro”.
Os músculos do abdome são exercitados por meio de séries de abdominais repetidas e diferentes. “Toda série de abdominais trabalha os músculos da região abdominal. A diferença é que as séries enfocam músculos diferentes da região, mas sempre trabalhando todos eles”, explica.

Villas recomenda duas séries de 20 repetições de dois tipos diferentes de abdominais para quem está apenas começando, de duas a três vezes por semana. Com o tempo, o ideal é que a dificuldade dos exercícios seja aumentada.
Cuidados durante o treino de abdominais Assim como qualquer outro exercício físico, um médico deve sempre ser consultado antes do início dos treinos. Mas é importante que alguns cuidados sejam sempre tomados. São eles:

- trabalhe sempre respeitando seu nível de aptidão física.
- mantenha uma distância entre o queixo e o peito de, aproximadamente, um punho fechado.
- mantenha os cotovelos afastados um do outro (distância máxima que você, com o perto aberto, conseguir).
- mantenha a região baixa das costas sempre no chão.
- evite movimentos muito rápidos. O ideal é que você mantenha um ritmo de moderado a lento.
- começe os exercícios sem carga e vá acrescentando conforme for adquirindo resistência.
- respire sempre de forma adequada: expire na fase de subida e inspire na fase de descida.
Com as pernas flexionadas, pés no solo ligeiramente afastados, mãos apoiadas no meio da nuca e os cotovelos abertos apoiados na nuca, eleve o tronco. Faça 2 séries com 20 repetições.
Levante seu tronco o máximo que conseguir (limite de 45 graus), sem retirar a parte baixa da coluna do chão. Faça o movimento de volta.
Deite-se com as costas apoiadas no chão e cruze uma perna sobre outra .
Faça uma rotação de tronco na direção do joelho que está cruzado. Execute o mesmo movimento de volta. Após terminada a série, inverta a posição. Faça 2 séries com 20 repetições.
Separe um peso e coloque-o atrás da cabeça. Deite-se no chão com as pernas dobradas.
Apóie o peso na cabeça, segurando-o com as duas mãos.
Eleve o tronco na direção das pernas. Cuidado, a força deve ser feita na barriga, não no pescoço. Faça 2 séries com 20 repetições.
Eleve as duas pernas e o tronco, com o corpo ligeiramente inclinado. Coloque o braço oposto atrás da cabeça.
Eleve o tronco de forma que ele vá em direção aos seus joelhos. Retorne para a posição inicial. Faça 2 séries com 20 repetições
Deite de lado com o tronco elevado e apoiado no ante-braço. Cuidado para não posicionar uma perna sobre a outra.
Eleve o quadril e o corpo do chão. Concentre a força no abdome, não no braço apoiado no chão. Volte à posição inicial. Faça 2 séries com 20 repetições.




Escrito por Andy às 23h04

LIVRO //JEANNIE OUT OF THE BOTTLE//....

Com o título de “Jeannie Out of the Bottle” o livro foi lançado este mês pela Crown Archetype.
O texto foi escrito em parceria com Wendy Leigh, autora de obras biográficas de outras celebridades, como Patrick Swayze e Grace Kelly.
Em 288 páginas, Barbara fala sobre sua infância, passando pela adolescência, quando iniciou sua carreira de cantora, chegando à sua vida adulta.
Um dos pontos altos do livro são as informações de bastidores de produção da série “Jeannie é um Gênio”.
O trabalho de Barbara era conhecido por Sidney Sheldon, autor da série, que a convidou para um lanche. Após uma longa conversa, ela foi escolhida para o papel de Jeannie. Nessa época, ela estava filmando uma participação especial em um episódio de duas partes da série “Rawhide”. Assim, quando Sheldon pediu que ela fizesse uma cena com Larry Hagman para ver se os dois combinavam, Barbara sugeriu que a leitura do texto fosse feita em seu camarim de “Rawhide”, durante os intervalos de gravação.
A atriz comenta que a primeira temporada de “Jeannie é um Gênio” foi produzida em 1965, ano em que a maioria das séries já estava sendo filmada em cores. Mas a Screem Gems não queria gastar 400 dólares a mais por episódio para uma produção em cores. Segundo Barbara, Sheldon chegou a se oferecer para pagar o valor extra de seu próprio bolso, mas o estúdio recusou. Assim, a temporada foi filmada em preto e branco.
Descrevendo Larry Hagman como temperamental, Barbara revela que o ator, muitas vezes, não gostava dos roteiros oferecidos e, por isso, improvisava sempre que possível. Isto enfurecia os diretores, em especial Gene Nelson, que se tornou ‘inimigo’ do ator quando trabalharam juntos no episódio piloto.
Acreditando que a série se tornaria um grande sucesso tão logo estreasse, Hagman tentou, desde o primeiro dia, controlar a produção. Eventualmente, sua postura fez surgir alguns conflitos entre os dois. A postura de Hagman também criou animosidades entre o ator e a equipe técnica que constantemente perdia a paciência com ele, sabotando-o e humilhando-o sempre que possível.
Em seu livro, Barbara também fala sobre Elvis Presley, Lucille Ball, Groucho Marx, Clint Eastwood, Paul Newman, Fred Astaire e Warren Beatty, alguns dos atores com quem trabalhou.
No campo pessoal, ela comenta seu casamento com o ator Michael Ansara e sua dificuldade em engravidar, que resultou em um aborto involuntário e um bebê natimorto. Barbara teve apenas um filho, Matthew Ansara, que morreu em 2001, vítima de overdose, dias antes de seu casamento.
No vídeo abaixo, Barbara divulga seu livro, comentando como conheceu Marilyn Monroe:

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SAIBA MAS SOBRE OS FILHOS DE WOLVERINE...

Escrito por Vini
Recentemente a Marvel vem publicando uma série na qual os protagonistas possuem garras afiadas, muito sangue nos olhos e partilham de parte do DNA do baixinho mais invocado da “Casa das Ideias”. Sim, estou falando dos “filhotes” de Wolverine: Daken e sua versão feminina, a garota denominada X-23.
Escrita por Marjorie Liu (X-23) e Daniel Way (Deadpool e Astonishing X-Men), o arco “Colisão” mostra um embate entre os dois personagens em Madripoor. O filho do Wolverine planeja agora conquistar o espaço outrora ocupado pelo seu pai na época em que este era conhecido como Caolho e dominava o submundo do crime na ilha e ainda lutava contra as hordas de sua ex-esposa Víbora.
A capa da edição que trás o prelúdio do arco, aliás, Daken: Dark Wolverine nº 7, faz uma menção direta à primeira edição da série mensal de Logan lançada nos EUA em 1988 (no Brasil, Wolverine nº 2,editora Abril, 1992), uma clássica capa daquela fase da vida do mutante canadense. Na capa atual vemos Daken em cima de uma pilha de corpos de inimigos, entre eles Sanguinário e Baderna, vilões que atormentavam Wolverine naquela época.

A trama será essa: Daken como o novo “bad-ass” do pedaço, dominando tudo como o intocável rei do submundo e o papel de X-23 na série é, com certeza, atrapalhar os planos do “irmão” fazendo oposição ao seu domínio. O arco terá um prelúdio em Daken: Dark Wolverine nº 7, lançado nos EUA em março, e se estenderá por 4 capítulos através das séries Daken: Dark Wolverine e X-23.
“Colisão” será desenhada pelos artistas Marco Chechetto e Stegman Ryan e promete mudar o futuro da prole de Wolverine. Apesar de, na verdade, X-23 ser um clone de Wolverine, Logan considera Laura como sendo sua filha e esse momento é até mostrado na 2ª edição da série da guria com garras de vibranium. E esse modelo de relacionamento entre os dois certamente será utilizado, apesar dos contratempos mostrados no arco “Wolverine Goes to Hell”. A escritora Liu pensa em explorar mais essa relação com Wolverine tendo o dobro de cuidado com sua filha em relação a sua sidekick Jubileu.
Espero que a série chegue por aqui. Parece-me que a história é bem feita e qualquer coisa que mude um pouco o status quo desses dois personagens merece ser analisado. Sempre achei uma grande besteira não a criação destes personagens, mas sim a editora continuar a desenvolvê-los em sua linha normal de revistas.
Na minha opinião, esse tipo de personagem funciona bem apenas em minisséries sem maiores pretensões. Até porque duas coisas incomodam a mim e tenho certeza, não só outros leitores como os próprios desenhistas que trabalham com esses personagens, as garras “estrategicamente” mal elaboradas que criaram para os dois. Pra quem não sabe, Daken possui uma garra que sai do pulso e X-23 uma garra que sai entre os dedos do pé. Percebi que muitos desenhistas já aboliram esses recursos de seus desenhos.

Outra coisa que incomoda é que “bundalizaram” tanto o Wolverine que agora, seu filho Daken é que é o sociopata que pode ser um assassino frio e impiedoso.
O ponto positivo da série é que mudaram de forma bastante positiva o uniforme dele. É um misto do clássico uniforme do pai com elementos ninjas. Talvez esse distanciamento de imagem, que estão recentemente apresentando, possa ajudar a remodelar o personagem e tentar definitivamente posicioná-lo melhor no Universo Marvel.

ANA LUIZA KOEHLER UM TESOURO .....

Ana Luiza Koehler é um tesouro inexplorado do quadrinho nacional. Por quê? É uma desenhista brasileira que trabalha para o mercado europeu e desfruta de um reconhecimento diferente daquele do de artistas nacionais que se destacam no mercado estadunidense, fazendo com que ela não seja tão conhecida pelo grande público. E isso é um enorme pecado.
 Entrevista exclusiva com essa gaúcha de Porto Alegre que é não somente talentosa como extremamente simpática e que nos brindou com sua experiência no mercado europeu através de um papo bem gostoso.
Shazam: Quem é Ana Luiza Koehler?
Ana Luiza: Uma pessoa privilegiada.
Shazam: Quais são suas influências? Detalhes de que outros artistas contribuíram para seu trabalho?
Ana Luiza: O americano George Pérez é sem dúvida o artista que mais me influenciou, pois quando criança lia as histórias dos Novos Titãs desenhadas por ele e fiquei apaixonada pelo estilo. Depois, o traço do John Byrne nos gibis da Marvel e da DC me conquistou também, mas a grande influência é sem dúvida do sr. Pérez.
Shazam: O que pode falar sobre as características de seu estilo? Que tipo de história se encaixa mais? Seu estilo já a prejudicou de alguma maneira?
Ana Luiza: Não saberia definir o meu estilo, é apenas o que aparece no papel quando procuro dar o melhor de mim. Creio ele se presta mais aos roteiros de temática histórica pois o desenvolvi já baseada numa extensa pesquisa de detalhes arquitetônicos, vestimentas, etc. e pretendo continuar nesta vertente. Houve críticas ao meu traço quando do lançamento do primeiro tomo da série Awrah pois alguns o acharam um tanto “démodé”, “antigo”, mas houve quem escrevesse que esse “jeito de ilustração de livro de história dos anos 50” dava um charme ao álbum…
Shazam: E como leitora? Quais são suas HQs preferidas?
Ana Luiza: Hoje em dia quase não leio HQs, pois para mim tornou-se um trabalho e na hora de relaxar prefiro livros sobre História ou romances com um bom enredo. Gosto muito, porém, da série O Gato do Rabino, de Joann Sfar, Murena da dupla Dufaux-Delaby, Vasco, de Gilles Chaillet e uma série sensacional passada na 2ª Guerra chamada Les amours fragiles da dupla Beuriot-Richelle.
Shazam: Quais materiais são os materiais usados por você? Pode especificar detalhes?
Ana Luiza: Os materiais que uso são extremamente simples e acessíveis: papel sulfite 240g, muitas folhas de rascunho, uma lapiseira 0.7 com grafite azul para os esboços e outra 0.9 com grafite preto para a arte-final. Eu faço os storyboards em folhas de rascunho e depois de aprovados passo o desenho para a folha A3, fazendo todos os esboços com grafite azul. Depois faço o traço definitivo com grafite preto e escaneio. No Photoshop, apago a cor azul que resta e “limpo” a página, deixando-a pronta para o letreiramento.
Shazam: Você trabalha para o mercado europeu. Quais são as HQs que você fez? Quem foram seus parceiros em cada trabalho? Fale um pouco de cada trabalho e cada profissional com que já trabalhou por lá.
Ana Luiza: Por enquanto publiquei os dois tomos da série Awrah (pronuncia-se “avra” e é uma palavra árabe que significa “aquilo que deve ser ocultado”), cujo roteiro foi escrito pelos belgas Fuat Erkol e Christian Simon, e tenho outro álbum em preparação neste ano. O trabalho com os roteirista de Awrah foi realmente excelente, felizmente tivemos muita afinidade nos nossos modos de trabalho e na técnica narrativa, e eles sempre me permitiam fazer sugestões a respeito do roteiro. Além disso, são profissionais extremamente sérios e éticos, coisa que nem sempre se encontra trabalhando a distância, e sempre defenderam meus interesses como desenhista ainda que eu não estivesse presente nas negociações editoriais. Eu tenho uma sorte imensa de poder ter iniciado minha carreira lá fora com eles.
Shazam: Como você se sente sendo uma mulher que, até anos atrás, era uma mídia de predominância masculina?
Ana Luiza: Ainda é uma mídia de predominância masculina, tanto no número de profissionais quanto no tipo de abordagem das obras. Ser mulher neste meio me leva a questionar bastante o uso da própria imagem do corpo da mulher como chamariz de vendas em páginas, capas, etc. Creio que, com a chegada de cada vez mais mulheres a este campo, teremos uma diversidade de linguagem e tratamento nas HQs também, o que é muito positivo.
Shazam: Como você analisa o passado e o presente do mercado europeu em todos os seus aspectos? E qual é a sua ideia de como ficará o mercado em seu futuro próximo?
Ana Luiza: Eu não conheço o bastante a realidade do mercado europeu de anos atrás, antes da crise econômica de 2008, mas posso dizer que, após falar com vários colegas de lá, as coisas estão mudando muito rapidamente e ficando mais dinâmicas. A quantidade de títulos cresceu dramaticamente e a procura desenfreada por novos projetos a lançar leva muitas vezes os editores a apostar em obras sem necessariamente verificar a sua qualidade ou o profissionalismo de seus autores. Também as vendas por título caíram bastante em função desta multiplicação de publicações e desta maneira os autores não chegam a ver seus álbuns venderem o suficiente para reportar-lhes o percentual em direitos autorais garantido por contrato.
Creio que as mídias digitais já estão mudando as relações autor-editor e a forma como a criação de um álbum de HQ é monetarizada para pagar os autores e o editor. De uma maneira geral, há uma grande discussão a respeito da mudança de cláusulas contratuais do mercado editorial em função da crescente publicação de livros de modo online, e a internet é também um poderoso instrumento dos autores para fazer seu trabalho conhecido e eventualmente publicado. Penso que transformações profundas estão em curso e creio que haverá mudanças que beneficiarão os autores.
Shazam: Como os europeus estão lidando com a questão dos scans? Qual é a movimentação das editoras quanto a essa questão?
Ana Luiza: Como em todo o mundo, os scans de HQs se multiplicam também no âmbito europeu, e há algumas poucas editoras que estão procurando responder a essa perda de controle disponibilizando HQs de maneira integral em seus sites mediante o pagamento de uma assinatura mensal ou até gratuitamente, mas não conheço em profundidade os seus modelos de negócio. Pelo que tenho acompanhado, os editores estão procurando reagir à difusão dos scans através da normatização contratual da difusão digital de suas obras publicadas, o que aparentemente tem sido questionado pelos autores por estar sendo feito de modo unilateral…
Shazam: Como se dá o processo de aceitar um projeto com os europeus? Você tem um agente ou lida direto com eles? Quais são os critérios para você pegar um trabalho? Como funciona?
Ana Luiza: Felizmente, no mercado franco-belga contrata um projeto mediante a apresentação de um dossiê do mesmo (breve apresentação contendo uma sinopse da história, algumas páginas de roteiro, 4 ou mais páginas da HQ desenhadas, desenhos de personagens, etc.), o que permite ao editor avaliar o potencial de venda do álbum proposto. Uma vez fechado o contrato, o editor financia a produção do álbum, remunerando desenhista, colorista e roteirista por página entregue. É um sistema mais adequado e que viabiliza uma produção significativa de quadrinhos, e torço para que se torne corrente o mais breve possível no Brasil também.
Não trabalho com agente, lido diretamente com os editores e outros profissionais envolvidos no projeto. Os critérios que me decidem a pegar um projeto são basicamente a adequação da história proposta ao meu traço, a remuneração proposta pelo editor e, é claro, os prazos e disponibilidade de tempo.
Shazam: Com quem ainda não trabalhou mas gostaria de trabalhar entre os europeus?
Ana Luiza: Como desenhista, creio que, além de um traço profissional, há que se entender a língua francesa. Parte significativa do meu trabalho é receber páginas de roteiro com extensas descrições de cenas, diálogos, personagens, etc. e transformar isso tudo em imagens. Há também as negociações com o editor, o colorista, e a discussão de idéias com os roteiristas, assim, não imagino alguém poder trabalhar nesse mercado sem ter como se comunicar efetivamente.
Shazam: Os profissionais europeus lêem alguma coisa de quadrinhos brasileiros? Já rolou alguma conversa sobre esse assunto com eles?
Ana Luiza: Há autores brasileiros que estão começando a publicar lá, e creio que há muita curiosidade por parte dos europeus a respeito dos trabalhos brasileiros. Infelizmente, e até por causa da barreira lingüística, creio que a grande maioria das HQs produzidas aqui no Brasil dificilmente chegam ao público do exterior. Felizmente, aí entra a internet como grande instrumento de difusão e acessibilidade do público do exterior para as HQs brasileiras.
Shazam: Qual é a receptividade do mercado europeu para cada profissional de HQ brasileiro? Digo, desenhistas, roteiristas, arte-finalistas, etc.
Ana Luiza: Há profissionais de praticamente o mundo inteiro trabalhando no mercado europeu, os critérios decisivos são a qualidade do trabalho e a possibilidade de se comunicar (seja por si mesmo ou através de um intérprete). O profissional brasileiro que tiver um trabalho de qualidade realmente profissional poderá oferecer seus serviços ao mercado europeu.
Shazam: Como você vê o mercado brasileiro ontem e hoje? E qual é sua perspectiva para ele?
Ana Luiza: Infelizmente, o mercado brasileiro é refém dos preços exorbitantes dos livros, sejam eles de prosa, técnicos ou de quadrinhos. Isso desencoraja muito a leitura, torna-a um luxo para poucos, e o mercado editorial parece se refugiar nessa estreita faixa dos que podem pagar R$ 80,00 reais por um livro. Naturalmente, as publicações de quadrinhos não escapam a essa realidade. Precisamos de livros a preços acessíveis para poder gerar um grande público leitor, e aí veremos também o crescimento do consumo dos quadrinhos produzidos aqui. A experiência que tenho é de que grande parte das editoras ainda aplica à publicação de quadrinhos o mesmo modelo de publicação de uma obra em prosa: o autor entrega o material a ser publicado e ganha uma porcentagem sobre o preço de capa da obra vendida. Isso é um grande problema na minha opinião, pois a falta de financiamento para a produção da obra impede que os autores que queiram se dedicar aos quadrinhos possa fazê-lo tendo como meta o mercado nacional. Creio que está na hora dos editores se engajarem e assumir os mesmos riscos que os autores na produção e posterior publicação de uma obra em quadrinhos.
Shazam: Naturalmente, você já deve ter pensado em fazer algum projeto nacional. Há a possibilidade de ocorrer? Quais seriam os fatores a favor e quais seriam os impedimentos? Tem alguém com quem gostaria de trabalhar por aqui?
Ana Luiza: Sim, tenho muitas ideias que gostaria de colocar em prática para um projeto nacional. Temos muitos, mas muitos temas interessantes do nosso país que estão somente à espera de uma boa equipe para serem produzidos com boa qualidade e comercializados tanto aqui como no exterior, mas que esbarram na falta de recursos que financiem a sua produção.
De minha parte, ainda teria de esperar algum tempo para fazer algo com temática brasileira, pois já tenho outros projetos na agenda, e também gostaria de poder encontrar um meio de viabilizá-lo financeiramente.
Quanto às parcerias, quero muito encontrar coloristas cujo trabalho se adequasse ao meu traço e com quem pudesse trabalhar regularmente nos projetos para fora.
Shazam: Pode nos contar detalhes de seus próximos trabalhos?
Ana Luiza: Estou trabalhando numa série histórica chamada Carthage, pelas Éditions Soleil, e como o nome sugere narra a epopéia das Guerras Púnicas (ca. 200 a.C) travadas entre os fenícios de Cartago (hoje na região da Tunísia) e Roma. O roteiro é assinado pelos franceses Fabrice David e Grégory Lassablière, já com bastante experiência em HQs históricas.





Quem quiser conhecer mais o trabalho dessa fera, eis seu site oficial.
Entrevista realizada por Shazam!.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

o REMAKE DA SERIE ANJOS DA LEI....

Esta notícia na verdade já era esperada. Desde que foi anunciada a produção de uma versão cinematográfica de “Anjos da Lei/21 Jump Street” que Johnny Depp se declarou interessado em fazer uma participação. Tudo dependia de um acerto na agenda do ator. Sua participação será rápida, só para dar um gostinho a mais para os fãs da série produzida entre 1987 e 1991.
Seu interesse em fazer parte do filme pode ser uma forma de compensar o fato de que ele lutou para deixar o elenco da série, bem como o de retribuir as oportunidades que “Anjos da Lei” lhe proporcionou.
Johnny Depp na série "Anjos da Lei"
Avesso às obrigações de posar como um novo ídolo das adolescentes, e interessado em fazer carreira no cinema, Depp lutou para romper seu contrato com “Anjos da Lei”.
Na terceira temporada, os produtores precisaram incluir o personagem Booker (Richard Grieco), que entrou para aliviar Depp, liberando-o da obrigação de aparecer em quase todos os episódios.
Em 1990, após a quarta temporada, o contrato de Depp com “Anjos da Lei” encerrou e, assim, o ator ficou livre para fazer cinema. Seu primeiro trabalho foi o clássico “Edward Mãos de Tesouro”. Já “Anjos da Lei” ainda sobreviveu mais uma temporada, sendo cancelada em 1991, com 103 episódios.
Apesar dos problemas, a série foi uma experiência positiva para Depp, que nunca negou a produção que lhe ‘abriu as portas’ para uma carreira com a qual é capaz de escolher os papéis que deseja interpretar.
Na verdade, “Anjos da Lei” foi uma releitura de “Mod Squad”, série de Aaron Spelling do final da década de 1960, que marcou a televisão americana. Com produção da 20th Century Fox, a história apresentava o trabalho de policiais que, com aparência de adolescentes, são escalados para trabalhar em uma equipe especial comandada pelo Capitão Richard Jenko (Frederic Forrest), nos primeiros episódios, e pelo Capitão Adam Fuller (Steven Williams), no restante da série. Sua missão: infiltrar-se entre os estudantes para combater o tráfico de drogas e outros crimes relacionados aos adolescentes.
Os policiais eram: Tom Hanson (Depp), Judy Hoffs (Holly Robinson), Doug Penhall (Peter DeLuise) e H.T. Ioki (Dustin Nguyen). Na última temporada, a série também contou com os oficiais Joey Penhall (Michael DeLuise) e Mac McCann (Michael Bendetti).
Anunciado em 2008, o filme será produzido pela Sony Pictures. Um primeiro roteiro foi escrito por Joe Gazzam e reescrito por Jonah Hill e Michael Bacall. Com direção de Phil Lord e Chris Miller, o filme será estrelado por Ice Cube (Capitão Adam Fuller), Channing Tatum (Tom Hanson), Jonah Hill (Doug Penhall), Dave Franco (Eric) e Brie Larson (Molly), entre outros.
A previsão de estreia é para março de 2012.

O REMAKE DE O MAGICO DE OZ...


Esta é uma produção que será lançada primeiro como minissérie, pelo canal SyFy, e depois como filme nos cinemas. A versão televisiva terá dois episódios de 90 minutos. Para o cinema, será lançada uma versão editada, com duas horas de duração.
“The Witches of Oz” conta a história de Dorothy (Paulie Rojas), uma jovem que cresceu em uma comunidade rural do Kansas onde escreve livros infantis com base nas histórias que seu avô contava quando ela era criança. Em viagem de divulgação de seu último livro, Dorothy descobre que as histórias de seu avô eram reais. A Bruxa Má do Oeste aparece em plena Times Square, de Nova Iorque, decidida a colocar em prática seu plano de dominação do mundo real.
No elenco também estão Christopher Lloyd, como o Mágico de Oz, Sean Astin, Mia Sara, Jeffrey Combs, Lance Henriksen (Millennium), Sasha Jackson, Ethan Embry, Billy Boyd, Eliza Swenson, Noel Thurman, Ari Zigaris, Barry Ratcliffe, Marissa Smoker e Al Snow, entre outros.
Com base no clássico de L. Frank Baum, a produção tem roteiro assinado por Chris Campbell, Leigh Scott e Eliza Swenson e direção de Scott. As filmagens ocorreram entre 2009 e 2010, com locações na Inglaterra e nos EUA. A produção é da Palace Productions, Imaginarium Productions, Rabbit Ears Entertainment e Blackthorn Pictures, com distriguição internacional da MarVista Entertainment.

X-MEN FIRST CLASS

Primeiro os dois pôsteres do filme:





terça-feira, 26 de abril de 2011

COLOCANDO COR NOS QUADRINHOS...

 nÃO SEI SE MEN ENCANTO MAS COM OS ESOLÇOS EOU JA COLORIDO.ew VOCÊIS QUAL PEFEREM ?